O mercado de motos novas e usadas está em constante crescimento nos últimos anos, contabilizando mais de 2,3 milhões de unidades negociadas nos nove primeiros meses de 2023. Os números são da Fenabrave, e indicam um crescimento de 1,19% sobre o mesmo período de 2022.

A compra de motos usadas requer alguns cuidados para que o comprador possa se resguardar de golpes e fazer um bom negócio. E para que isso se concretize, a plataforma de consulta veicular Olho no Carro criou uma lista com oito dicas que podem te salvar de cair em ciladas ou ter futuras dores de cabeça nesta negociação.

1) Evite preços muito fora do esperado: Motos possuem um valor tabelado e os preços tendem a não variar muito de um anúncio para outro. Por isso, antes de qualquer coisa, faça uma pesquisa ampla sobre o modelo que você deseja comprar. Além de ter atenção ao modelo em si, verifique aspectos como ano e quilometragem da moto. Diante disso, estime um valor médio que os anunciantes estão pedindo. Ao encontrar anúncios muito baratos, desconfie – pode ser um golpe!

2) Faça uma avaliação presencial antes da compra: Muitas vezes os vendedores vão te pressionar para fechar negócio o quanto antes, falando que existem outras pessoas interessadas e que poderá perder a oportunidade se não tomar uma decisão logo. Apesar disso, nunca compre uma moto sem antes vê-la pessoalmente. É nessa visita presencial que você terá a chance de avaliar sua real, podendo averiguar se ela está riscada, batida ou se possui algum sinal de reparo, como diferenças na pintura.

3) Faça questão do test ride: Se a aparência da moto estiver de acordo com as suas expectativas, não deixe de solicitar ao vendedor a oportunidade de dar uma volta na motocicleta antes de fechar negócio. É nesse momento que você poderá de fato perceber eventuais sinais de problema, seja no motor, no freio ou na suspensão. Se depois de experimentar a motocicleta ainda houver dúvidas, não hesite em levá-la a um mecânico de confiança para avaliar a moto. Ele saberá, melhor do que ninguém, identificar os sinais que, no futuro, poderão te dar dor de cabeça.

4) Consulte a placa da moto: Para ter mais segurança na negociação de uma moto seminova é essencial saber se a documentação dela está em dia e se seu histórico passa a confiança necessária para que a compra seja concretizada. Nessa missão a Olho no Carro pode te ajudar, pois apenas com a placa é possível fazer uma consulta de vários itens. Vale lembrar que alguns serviços são oferecidos gratuitamente, enquanto outros são obtidos mediante pagamento.

5) Pesquise sobre o vendedor: A Internet e as plataformas virtuais possibilitam que pessoas falsifiquem suas identidades. Nesse sentido, é fundamental que você faça uma pesquisa sobre o vendedor para entender se ele realmente existe e se há algum indício de descrédito em relação a ele ou ao seu anúncio.

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6) Não dê sinais: Ainda na questão da pressão para fechar logo o negócio, alguns vendedores podem pedir um sinal para garantir que aquela moto será sua. No entanto isso não é recomendado, pois pode se tratar de um golpe. Portanto, efetue qualquer pagamento após ter certeza de que aquela motocicleta será sua.

7) Comunique-se: Parece óbvio falar sobre comunicação, mas muitos golpistas se utilizam da falta dela para aplicar golpes a partir da clonagem de anúncios de motos. Por isso, desconfie de vendedores que te instruem a não falar sobre valores e outras questões na hora que você for ver a motocicleta, independentemente do motivo que eles te derem para isso. Jogue limpo e sempre se comunique com as pessoas envolvidas no seu processo de compra.

8) Conheça os golpes mais comuns: Para evitar cair em golpes, é necessário também conhecer quais são os golpes mais praticados e ficar esperto com qualquer indício de estar sofrendo um deles. Por isso, a Olho no Carro separou dois golpes bem comuns no mercado:

  • 8.1) Golpe do estrangeiro: Alguns golpistas dizem que o motivo da venda de suas motos é o fato de que tiveram que sair do país e não conseguiram regularizá-las nesse novo destino. Supostamente é isso que leva o anúncio a ter um preço mais competitivo, afinal, teoricamente o comprador precisará ter alguns custos extras, que poderão ser pagos ao suposto advogado do vendedor, que mora no Brasil e será o responsável pela negociação. Nesse caso, o comprador até recebe uma ordem falsa de conhecimento de carga, o que dá uma maior credibilidade ao negócio. Após realizar a transferência do dinheiro, o comprador é avisado que a moto demorará alguns dias para chegar, por causa do transporte por navio. No entanto, o produto nunca chega e, ao tentar entrar em contato, o advogado some.
  • 8.2) Golpe do drama familiar: Nesse golpe, por sua vez, o vendedor alega que está vendendo a moto porque ela está envolvida em algum trauma familiar, como, por exemplo, o acidente de um filho. Ele até apresenta ao comprador os documentos da moto, onde consta que ela está regularizada e com tudo em dia. Então o golpista pede um sinal, argumentando que existem outras pessoas interessadas na compra. No entanto, após receber o pagamento do sinal, o suposto vendedor some. Tudo isso porque, na verdade, ele nunca teve essa moto e apenas conseguiu os documentos após demonstrar um falso interesse em uma moto que, de fato, está sendo anunciada.

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